quarta-feira, 1 de julho de 2009

Educação Globalizada

O mundo moderno – globalizado – inquieta as crianças e superestimula os adolescentes. O volume de opções, tentações, idéias, que é apresentado pelas circunstâncias sociais e pela mídia aos jovens possui uma qualidade inédita.
Nunca se viram tantas soluções viáveis e diferenciadas para um mesmo problema. As mais diversas culturas das regiões mais periféricas do planeta estão à disposição dos estudantes. Desde como preparar carne de cachorro a esdrúxulas teorias a respeito da vida e da morte podem ser acessadas a qualquer momento.
Essas facilidades do mundo digital, no entanto, só dificultam a educação dos filhos. Eles têm alternativas demais e os pais têm recursos de menos para construir os limites exigidos pela ética e pela moral. Bem menos fácil construir valores e limites quando as crianças estão tentadas por uma diversidade espantosa de produtos a serem experimentados.
Um menino criado no sertão, sem os recursos tecnológicos oferecidos pela urbanidade, tem poucas referências e certamente o pai erige-se como a figura modelo para a satisfação das necessidades ideológicas do filho. Já o menino criado na metrópole, sem restrições aos aparelhos de produção e veiculação de informações, tem na figura paterna apenas uma referência entre milhões e, comumente, em meio a tantas possibilidades, o filho encontra um outro modelo que mais se aproxima do seu perfil psicogenético.
Os pais, por sua vez, têm recursos de menos para educar seus filhos uma vez que o mundo moderno ocupa quase todo o tempo dos chefes de família na busca de dinheiro. Se os pais trabalham pela manhã, à tarde e à noite e, nos fins de semana, fazem bicos para pagar a prestação da casa, que hora têm para conseguir alguns recursos educativos?
E como se isso não bastasse para a configuração de um quadro temeroso nas relações pais e filhos, o início do século 21 apresenta outra característica desagradável para essa questão: o conhecimento valorizado neste período é apenas o conhecimento necessário e suficiente para a aquisição e acumulação de bens. O conhecimento que seria usado na construção de uma relação psicologicamente saudável entre pais e filhos, esse conhecimento está abandonado pela maioria da população desde o início do século 20.

4 comentários:

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  2. Oi Marião aqui é o André Minagawa fui seu aluno o ano passado 1ºano(Unicolégio)!
    Gostei muito do seu texto!
    Concerteza esse mundo globalizado com tanta tecnologia de certa forma atrapalha a sociedade ja que uma criança pode conseguir acessar a internet ou até a TV em questão de segundos, e ali conseguir varias informaçaões e talvez a maioria delas não conseguirá intender, o que pode causar um "conhecimento precoce" e eu acho que essa é a falha da globalização as crianças e adolescentes aprendem muito mais rápido e descobrem coisas talvez antecipadamente.E infelizmente no sertão a criança só tem a imagem do pai mesmo,pois em cidades muito precarias as vezes ate existe Tv mas essa televisão é controlada para contralar a população que ali vive,onde só podem as vezes assistir a novela das 8 (claro que na globo)onde a criança pode ate se espelhar em alguem,mas as dificuldades são imensas que talvez a única opção é ficar igual os pais.E é claro que na metropole as crianças tem mais chances de se enquadrar naquilo que deseja, pois vive em um meio que quase tudo é possivel.E existi essa ausencia dos pais,onde se visa lucro realmente,mas acho que é culpa tbm do governo já que a maioria dos pais querem dar um padrão de vida boa para os filhos e toda essa deslealdade do governo com a populçao os pais tem que preocupar com -escola particular-plano de saude-alimentação e diversas coisas que o governo deixa de suprimir e que acaba caindo tudo sobre os pais,e consequentemente todo esses gastos leva os pais a esperar dos filhos que sejam bem sucedidos na vida onde entra o conhecimento necessario e a acumulção de bens.Mas tbm toda essa tecnologia,tem seu lado bom e quem sabe um dia conseguimos unir um conhecimento saudável entre pai e filho atravez da tecnologia!:)

    Bom foi o que consegui entender!Hhahaha!!
    Abração Mário!

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  3. Marião ! concordo plenamente contigo !
    Esse é o resumo do que vemos hoje em dia.
    Pessoas viverem falsas vidas atravez de internet, amizades viruais e etc.
    Saiu até uma reportagem, na revista Veja, se não me engano, mes passado, o nome é: Sozinhos.com.
    De uma lida depois..
    abraço Marião!

    Bruno C. Suart

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  4. Oiiee Marião! Adorei o texto! =) Hj lembrei muito do professor, e de suas aulas, quando li um texto do Carlos Moisés que dizia: " Quem aprendeu a amar a poesia e a música de VdeM pode se considerar vacinado contra o vírus da nostalgia, pois sabe que o tempo mais valioso é o presente, quando muito o que está por vir-mas que venha logo!" Lembrei do professor dizendo: "Li Vinicius pra quê? Pra ficar parado no tempo?" Ahh, Theacher! Mesmo assim: Sinto Saudades! haha. Bjão!

    Jéssica Oshiro (III) =)

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